terça-feira, setembro 27

"E voltaram por outro caminho"

A pessoa que escolhe, geralmente joga pelo seguro. Escolhe o que conhece ou aquilo que é certo, claro e experimentável.
A pessoa que se deixa fascinar, geralmente opta pelo desconhecido, pelos ideais, pela novidade, pelo sonho.
Hoje, passados que vão vários dias do final das Jornadas Mundiais da Juventude, ocorre-me pensar nos milhares de jovens presentes no Marienfield, nos 74 que partiram desta diocese á beira serra, e pergunto-me quantos terão regressado por outro caminho, como os magos, quantos terão optado pela novidade do Evangelho, quantos encontraram em Colónia a força para ser cristão alegre, maduro e comprometido.
Penso assim, e não o faço como se desanimasse ou estivesse saudoso. Faço-o com a esperança de que algo vai mudar. Mas algo vai mudar. Nem que seja apenas num punhado de jovens. Nem que seja apenas num jovem.
E tudo isto dá novo ânimo para um início de ano pastoral prometedor... Bem... quer-se dizer: promessas, não fazemos, que não somos políticos propriamente ditos! Mas que vem aí muita novidade, vem! Está atento, porque quando menos pensares, estamos dentro do teu mundo...
Pe. Jorge Castela

segunda-feira, setembro 26

O ARCIPRESTADO DE CELORICO DA BEIRA depois de tantos anos vai ter UM NOVO PADRE!

Pater, in manus Tuas

Nas tuas mãos, ó Pai…
Entrego a minha vida!
Eu quero o que Tu queres,
Meu Deus, minha guarida!

Amar, confiar e partir
Para sonhar e viver;
Caminharei a sorrir
Por saber que estou
In manus Tuas Pater!


A Tua mão protectora
Sempre me há-de acompanhar!
Seguir-Te-ei, pois me chamas…
Eu sei quem quero amar!...



O diácono António Carlos dos Santos Martins filho de Maria da Conceição dos Santos Cavaca Martins e Acácio Martins Fernandes, natural de Vale de Azares vai ser ordenado sacerdote na Sé Catedral da Guarda no próximo dia 23 de Outubro de 2005 pelas 16.00h e celebrará em Vale de Azares, pelas 15.00 h do dia 30 de Outubro a Eucaristia Solene....
Agora…
Só Te amo a Ti,
Só Te sigo a Ti,
Só Te busco a Ti…

S. Agostinho – Solilóquios 1,1

sábado, setembro 24

JOVENS, ESCOLHEI CRISTO, "CUSTE O QUE CUSTAR"

Já terminou este magnífico encontro das JMJ 2005, que decorreu entre 18 e 21 de Agosto. Assistiram cerca de 750 bispos, representantes de outras Igrejas irmãs e religiões, e mais de 800 mil jovens, sobretudo europeus.
O Papa estava feliz, com os jovens; sempre com o seu estilo sereno, alegre e humilde.
Já no primeiro dia, dia 18 de Agosto, desde o seu passeio pelo rio Reno, saudando os jovens que estavam nas margens, pediu que escolhessem a Cristo "custe o que custar" (Cfr. Discurso de acolhimento, dia 18 08 05). Como noutras ocasiões, os seus discursos tiveram a profundidade teológica, que o caracteriza, mas não sem sentido prático.
Cremos que se falará muito destas jornadas, pelo que supuseram de vivência cristã para muitos jovens europeus. Um momento emotivo foi quando o Papa agradeceu aos jovens, o seu carinho e manifestação de fé, pelos momentos maravilhosos que lhe fizeram passar nestes dias (Cfr. Missa dia 21, na Esplanada de Marienfeld). Também renovou o agradecimento a Deus pelo servo de Deus João Paulo II. O Santo Padre agradeceu, no final do Angelus do dia 21, as orações de todos os institutos religiosos, pelos frutos apostólicos da viagem.
Ainda é cedo para avaliar o que supõe tudo isto do ponto de vista eclesial, mas por agora poderia referir-se a enorme empatia entre o Papa e os jovens. O seu estilo é diferente do de João Paulo II, mas também comunicativo. Destacamos o despertar de vocações para a Igreja católica que está a haver na Alemanha, desde a morte do Papa João Paulo II até depois das JMJ 2005; por fim, a contribuição destas jornadas, entre os fiéis, para a nova evangelização da Europa.

quinta-feira, setembro 22

Encontro JMJ dia 15 de Outubro

"Os 74 participantes da diocese na Jornada Mundial da Juventude ocorrida este ano em Colónia vão reencontrar-se no proximo dia 15 de Outubro, na Guarda, para recordar os momentos e experiência vividos nas referidas Jornadas, para agradecer a Deus através da Oração para se fazerem compromissos de vida que a Jornadas pediram.
Iniciar-se-á pela 10.00 horas e prevê-se que termine pelas 15.00 hoas com a Eucaristia" in Jornal "A Guarda" 22.09.05.

ALEMÃES QUEREM VISITAR GUARDA

"O acolhimento em Neuss foi, numa linguagem bem jovem, cinco estrelas. De tal maneira foi a empatia criada entre o nosso grupo e a paróquia de acolhimento, que a Hilde, responsável da equipa de acolhimento, desabafava em email: “Your group is very kind, faithful, engaged, grateful, patient. Great. I'm well impressed. Iwish, we had more young people who believe in God.”
O espírito de grupo, que é afinal o espírito da Igreja, da fé, da comunhão, do amor, foi para o DPJG o ponto mais alto da peregrinação.
A empatia com Neuss foi tal que a paróquia de Neuss irá fazer no próximo ano um intercâmbio com a diocese da Guarda. As datas e o programa são ainda uma incógnita. Mas o compromisso está assumido."
in Jornal "A Guarda" 22.09.05

terça-feira, setembro 20

UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA

De volta a Potugal, revigorados na fé depois deste encontro com o Papa.
A experiencia foi de facto unica em todos os sentidos.
Fomos acolhidos maravilhosamente num acto de amor imenso. É facil ser ecuménico em taizé. Na vida real do dia a dia é bem mais dificil. Os alemães entenderam o sinal dado pela Igreja Catolica de que esta podia ser uma oportunidade excelente de abrir as portas a Cristo. Protestantes - inclusivé pastores - aderiram à iniciativa, acolheram jovens nas suas casas, vieram rezar connosco. A pequena cidade de Wuppertal estava de repente com as igrejas cheias de jovens que cantavam a alegria de serem testemunhas da ressureição. De repente todos conversavamos uns com os outros como se conhecidos fossemos uns dos outros. Os confessionários da Igreja onde estivemos nunca estiveram sem ninguém.
  • As catequeses dadas por 3 Bispos, de grande profundidade, ajudaram a partilha depois de experiencias. Muitos deram testemunho do que é ser cristão no Brasil, no Chile, Italia etc. As missas foram verdadeiras acções de graças ao Nosso Deus.
  • A Catedral de Colonia - obra prima da humanidade. Como Deus inspirou o homem a fazer uma coisa maravilhosa como aquela.
  • A chegada do Santo Padre. De repente o Rio Reno parecia o Ganges. Não havendo espaço para todos dei por mim dentro de agua com as calças arregaçadas, á espera da Barca de Pedro passar. Unico. Estava farto de ver o Cardeal Ratzinger. Ver o Papa é ver a Igreja toda. Olhar o Bispo de Branco é ver Pedro com as suas fragilidades, mas aquele que apascenta o rebanho.
  • Vigilia em Marienfeld. O Papa não teve medo de apontar o caminho. Lembrou a sede de Deus do homem, as falsas repostas de espiritualidades new age, apontou Cristo como meta. Simples e conciso. A Missa foi especial. O Papa passou à minha frente. Quase lhe pude tocar. É um homem como eu. Mas é mais. É a Igreja que eu amo. 7 horas para sair do campo e chegar a casa. Foi uma experiencia unica de partilha de experiencias de responder sim ao apelo do Papa.

Sidney 2008 vamos lá.....(Deus permita)

in http://www.paroquias.org/forum/read.php?1,17024,17116#msg-17116

quinta-feira, setembro 15

A JUVENTUDE É CAPAZ DE SE UNIR À VOLTA DA IGREJA DE CRISTO

Muitas centenas de milhares de jovens da Alemanha e de muitos outros países puderam testemunhar nas JMJ de Colónia a vitalidade da sua Fé. A sua estadia em Colónia teve o objectivo de se encontrar com o Papa e outros jovens de todas as raças, línguas e nações e de gritar ao mundo que a paz é possível e a esperança e a fé não morreram nem morrerão. Mais uma vez esta velha Europa pôde ver com os seus próprios olhos – os meios de comunicação o levaram a todo o mundo – que a juventude é capaz de se unir à volta da Igreja de Cristo e de desmentir os maus agouros dos mais velhos. Enquanto houver jovens assim – cheios de esperança e de fé – o mundo pode estar sossegado que o futuro está assegurado. in www.verparacrer.blogspot.com

quarta-feira, setembro 14

UM TESTEMUNHO DE BRAGA

Resolvi escrever sobre o que fizemos nas XX Jornadas Mundiais da Juventude. O meu grupo (eu, Raquel, Lígia, Adriana, Miguel, Severino, Filipe) integrou-se com o grupo da Matriz que, por sua vez, se integrou no grupo que partiria com a Diocese de Braga.
Partimos da Póvoa em direcção a Braga ao fim da tarde de sexta-feira (dia 12 de Agosto). Aí, tivemos uma Celebração do Envio com o Bispo. Saíram, depois, de Braga 6 autocarros com destino à Alemanha.
Sem, praticamente, termos feito paragem nenhuma, chegámos no sábado (dia 13) pela meia-noite a Paris. Ficámos alojados na Igreja de Gentilly, onde dormimos e nos deram o pequeno-almoço do dia seguinte. É de referir que esta Paróquia recebeu mais do dobro das pessoas que conseguiria receber numa situação normal, o que fez com que tivessemos passado uma noite muito má, já que estavamos "todos ao monte".
O domingo (dia 14) foi um dia livre para passearmos em Paris. Cada um recebeu um passe para usar nos transportes públicos desta cidade. Foi um dia muito fixe e gostei muito de ver ao vivo muitos dos monumentos que só conhecia dos livros. O que mais gostei foi da Torre Eiffel! :)
Dormimos mais uma noite em Paris, nesta mesma Paróquia, partindo na manhã seguinte (dia 15, segunda-feira) para a Alemanha, passando pela Bélgica, tendo efectuado apenas uma paragem numa Estação de Serviço deste país.
Ao fim da tarde deste dia chegámos à cidade que nos ia acolher: Neuss (lê-se "Noice"). Houve algumas falhas na organização das Jornadas, pois ninguém do grupo de Braga tinha ainda alojamento. Só 3 horas mais tarde fomos direccionados para uma escola que nos alojou durante os dias seguintes. Quem o desejou pôde ficar alojado em famílias alemãs. Havia 80 mil famílias disponíveis, mas só 20 mil receberam peregrinos em sua casa. O pessoal da escola onde ficámos recebeu-nos muito bem, ensinava-nos algumas palavras em alemão e eram muito simpáticos. Tinhamos bastante espaço para todos, ficando todo o grupo nos 2 ginásios da escola.
Os pequenos-almoços eram servidos na Paróquia onde tinhamos ficado alojados. Era a melhor refeição do dia porque podíamos comer quanto quisessemos! Ao almoço entregavamos uma senha e davam-nos uma embalagem de comida para 6 pessoas. Era muito pouco e à base de legumes. Ao fim de uma hora já estava com fome outra vez... Juntamente com o almoço davam-nos o jantar. Este consistia em sacos individuais com comida (salsichas, sumo, pão e os enlatados horríveis que ninguém conseguiu comer). Houve pelo menos duas refeições que tínhamos direito e que não nos deram motivado pela confusão gerada pela falta de organização. Basicamente não se comeu muito nestes dias.
Todas as manhãs havia catequeses nas diferentes Paróquias. A nossa era em português e era dada por um Bispo diferente todos os dias, que procurava transmitir uma mensagem diferente cada dia. Tínhamos, ainda, oportunidade para recebermos o Sacramento da Reconciliação. Eu fui confessar-me na primeia oportunidade que tive e o Padre foi mesmo muito fixe! Pude, ainda, colocar questões sobre algo que gostava de ter falado com um Padre desde há algum tempo. As catequeses terminavam com uma Eucaristia.
Da parte da tarde havia actividades em três cidades: Köln (Colónia), Düsseldorf e Bonn (Bona). Tanto podíamos encontrar igrejas com espaço de Oração, bastante calmas (adorei a igreja dedicada à Oração Taizé), como podíamos encontrar Festivais de Música ou locais bastante animados.
Havia falhas enormes relativamente aos transportes, porque não tinham capacidade para receber tanta gente, o que fazia com que estivessem sempre a bloquear. Várias vezes as estações de comboios fechavam e ninguém podia entrar. De uma das vezes saímos do eléctrico e fomos a pé e chegámos primeiro que o outro grupo que ficou no eléctrico! E quando os transportes chegavam, era com muito muito tempo de atraso.
Na terça-feira (dia 16) fomos visitar a cidade de Colónia. Praticamente esta cidade só tem de interessante a famosa Catedral de Colónia. À noite fomos ver e dançar num Festival Internacional de Música.
Na quarta-feira (dia 17) à tarde, depois das catequeses de manhã, visitámos a cidade de Düsseldorf. É uma cidade mesmo muito linda e tirámos muitas fotos.
Na quinta-feira (dia 18) foi a vez da cidade de Bona.
Na sexta-feira (dia 19) fizemos uma nova visita a Colónia. Esteve um tempo mesmo muito mau: chovia torrencialmente e trovejava. Se não fossem as nossas capas da chuva compradas em Paris tínhamos ficado encharcados! Ainda por cima tinham fechado a estação de comboios principal desta cidade e estávamos a ver que não conseguíamos voltar para casa. Havia sirenes da Polícia e Ambulâncias por todo o lado... e parecia um filme de terror!
No sábado (dia 20) depois de termos colocado as malas no autocarro e tendo ficado para nós apenas uma malinha e o saco cama, tivemos uma Eucaristia de despedida da cidade de Neuss. Foi uma Eucaristia em alemão com algumas partes em inglês e uns cânticos em português. Foi bastante interessante! Depois partimos, de autocarro, em direcção a Marienfeld e percorremos os últimos 5/10km a pé até ao destino.
Mais uma falta de organização: o sector onde íamos ficar era o C11 mas já estava todo ocupado, quer por outros peregrinos cujo sector era esse, quer por outros que "gostaram" deste sector e resolveram se "instalar" aqui. Isto foi possível porque não havia qualquer controlo sobre quem entrava neste campo ou em qualquer sector. Tivemos que escolher um lugar para passarmos a noite numa parte do campo vaga que não pertencia a qualquer sector.
Tivemos a Vigília com o Papa. Confesso que não estive muito atenta. Estava mesmo muito frio e tinha vestido algumas camisolas por cima das outras e mesmo assim durmi com frio. Durante a Vigília estive a conversar com o Miguel e gostei bastante da conversa que tivemos.
Na manhã seguinte de domingo (dia 21), tivemos a Eucaristia final com o Papa. Adorei toda a Eucaristia, da Homilía e da mensagem do Papa! Era bonito ver tanta gente reunida num mesmo espaço tendo todos o mesmo objectivo e a ouvir a mesma pessoa a transmitir uma mensagem aos jovens. Após a missa, partimos de volta a casa. Dormimos essa noite em Paris, novamente na mesma Paróquia.
Na segunda-feira (dia 22) à noite chegámos a Lourdes. Estivemos cerca de três horas nesta cidade onde apenas vimos o Santuário. Regressámos ao autocarro de volta a Portugal, onde chegámos à hora do almoço do dia 23 (terça-feira).
Gostava de referir que havia italianos por todo o lado. Não faço ideia quantos lá estavam, mas tenho a certeza que eram imeeeeensos! O ambiente de todas as Jornadas era espectacular! As pessoas puxavam sempre pelo seu país e cantava-se e dançava-se nas ruas e nos transportes públicos. Havia, também, um grande interesse pelos outros países, ensinando-se danças e canções a grupos que não pertencessem ao nosso país. E como é tradição trocava-se bandeiras, pagelas, porta-chaves, t-shirts... A Raquel ficou com uma bandeira da Itália e o Severino com uma da Alemanha. O que eu queria era uma t-shirt dos voluntários... :
As próximas Jornadas serão em 2008 na Austrália in http://pitux.blog.simplesnet.pt/
Comentário
Sou do Brasil, e também estive nas jornadas mundiais da juventude...e confesso a vc que gostei muito, apesar de algumas falhas de organização, mas acima de tudo foi possível encontrar-me só a só com Jesus Cristo...seguindo a estrela que brilhava, e vi realmente a providencia divina em muitas ocasiões.Abraços fraternos do Brasil....Leandro

segunda-feira, setembro 12

"Ama sempre a todos"

Nesta longa caminhada, de encontro com Cristo e com os outros, sentimo-nos tocados pelo seu imenso amor. "Ama sempre a todos" é sem dúvida o maior desafio que Jesus nos lança.
Uma das coisas que fizemos foi trocar mensagens, testemunhos uns com os outros, como sinal de carinho. Por isso quero partilhar com vocês este poema da Isa Santos da Guarda:

"Brilho na escuridão
Ilumino a noite
Ilumino o caminho
Não tenhas medo de avançar!
O caminho que te mostro é
belo, seguro e cheio de vida!...
Eu sou a estrela do Senhor
Nosso Deus!"


Não tenhas medo, segue as pegadas de Cristo e não serás desiludido!

C.F.

"Louva-o e adora-o para todo o sempre"

"Houve muitos momentos em que todos nos juntámos a cantar e a rezar, e apesar das diferentes línguas, cantámos e rezámos numa só voz.
Deus permitiu e foi motivo desta união. Que nunca nos esqueçamos que é Ele a razão da nossa existência, amor e alegria!
Louva-O e adora-O para todo o sempre."


Inês Sequeira

“Your group is very kind, faithful, engaged, grateful, patient. Great. I'm well impressed. Iwish, we had more young people who believe in God.”


Falar nas Jornadas Mundiais da Juventude ocorridas em Colónia, obriga a afirmar a Comunhão, a Fé, a Paz, a Festa de viver em Cristo.
Os 69 jovens que partiram da diocese da Guarda rumo a Colónia marcaram, sem dúvida, as suas vidas e a vida das restantes centenas de jovens que participaram, que viveram a alegria de ser cristãos na Alemanha. O número diz muito. Mais de um milhão. Mas a experiência diz mais.
No final da viagem os jovens, com as lágrimas no rosto, expressaram em muitas palavras e gestos o que haviam sido as Jornadas. Não é possível descrever o que cada um foi partilhando nas duas últimas horas de viagem.
Não é possível descrever os gestos e atitudes, os valores e virtudes que surgiram nesse momento. Depois desta viagem mais força há para acreditar no futuro dos jovens e da diocese da Guarda. Podemos afirmar que, apesar de uma certa desorganização central de Colónia, tudo o resto foi para reforçar a fé e encontrar Deus e o próximo.
O acolhimento em Neuss foi, numa linguagem bem nossa, cinco estrelas. A sexta foi a que nos guiou até lá. A sétima foi a estrelinha-balão que nos identificava ao longe no meio da multidão. De tal maneira foi a empatia criada entre o nosso grupo e a paróquia de acolhimento, que a Hilde, responsável da equipa de acolhimento, desabafava em email: “Your group is very kind, faithful, engaged, grateful, patient. Great. I'm well impressed. Iwish, we had more young people who believe in God.”
De facto o grupo foi uma mais valia para as Jornadas. Podemos afirmar que, mesmo que a Jornada tivesse sido “pobre” (o que não aconteceu), o grupo chegava para suprir as dificuldades e para encontrarmos aquele que íamos adorar. O espírito de grupo, que é afinal o espírito da Igreja, da fé, da comunhão, do amor, foi para o DPJG o ponto mais alto da peregrinação.
Mais informações em http://dpjg.blogspot.com
Tb podes visitar outras informações em http://jornadas2005.blogspot.com
Um abraço a todos do DPJG.

sábado, setembro 10

Homilia do Papa aos Seminaristas

Queridos seminaristas: Saúdo-vos a todos com grande afeto, agradecendo vossa jovial acolhida e, sobretudo, que tenhais vindo a este encontro de numerosos países dos cinco continentes. Dirijo-me antes de tudo ao Seminarista, ao Sacerdote e ao Bispo que nos ofereceram seu testemunho pessoal. Obrigado de coração. Estou feliz de ter este encontro convosco. Quis que, no programa destes dias em Colônia, tivesse um encontro especial com os jovens seminaristas, para ressaltar de maneira mais explícita e vigorosa a dimensão vocacional que têm sempre as Jornadas Mundiais da Juventude. Seguramente, estais vivendo esta experiência com uma intensidade muito particular, precisamente porque sois seminaristas, ou seja, jovens que se encontram em um tempo forte de busca de Cristo e de encontro com Ele, em vista de uma missão importante na Igreja. Isto é o seminário: não tanto um lugar, mas um tempo significativo na vida de um discípulo de Jesus. Imagino o eco que podem ter em vosso interior as palavras do lema desta vigésima Jornada mundial --«Viemos adorá-lo»-- e todo o relato evangélico dos Magos, do qual se tomou o lema. Esta passagem tem um valor singular para vós, precisamente porque estais realizando um processo de discernimento e comprovação do chamado ao sacerdócio: Sobre isso quero deter-me a refletir convosco.
Porque os Magos foram à Belém desde países distantes? A resposta está em relação com o mistério da «estrela» que viram «nascer» e que identificaram como a estrela do «Rei dos Judeus», ou seja, como o sinal do nascimento do Messias (cf. Mt 2,2). Portanto, sua viagem foi motivada por uma forte esperança, que logo teve na estrela sua confirmação e guia para com o “Rei dos Judeus”, para a realeza de Deus mesmo. Os Magos foram porque tinham um desejo grande que os induziu a deixar tudo e a colocar-se a caminho. Era como se tivessem esperado sempre aquela estrela. Como se aquela viagem tivesse estado sempre inscrita em seu destino, que agora finalmente se cumpre. Queridos amigos, isto é o mistério do chamado, da vocação; mistério que afeta à vida de todo cristão, mas que se manifesta com maior relevo nos que Cristo convida a deixar tudo para segui-lo mais de perto. O seminarista vive a beleza do chamado no momento que poderíamos definir de «enamoramento». Seu ânimo, cheio de assombro, lhe faz dizer na oração: Senhor, por que precisamente a mim? Mas o amor não tem um «porquê», é um dom gratuito ao que responde com a entrega de si mesmo.
O seminário é um tempo destinado à formação e ao discernimento. A formação, como bem sabeis, tem várias dimensões que convergem na unidade da pessoa: essa compreende o âmbito humano, espiritual e cultural. Seu objetivo mais profundo é o de fazer conhecer intimamente aquele Deus que em Jesus Cristo nos mostrou seu rosto. Por isto é necessário um estudo profundo da Sagrada Escritura como também da fé e da vida da Igreja, na qual a Escritura permanece como palavra viva. Tudo isto deve enlaçar-se com as perguntas de nossa razão e, portanto, com o contexto da vida humana de hoje. Este estudo, às vezes, pode parecer pesado, mas constitui uma parte insubstituível de nosso encontro com Cristo e de nosso chamado a anunciá-lo. Tudo contribui a desenvolver uma personalidade coerente e equilibrada, capaz de assumir validamente a missão presbiteral e levá-la a cabo depois, responsavelmente. O papel dos formadores é decisivo: a qualidade do presbítero em uma Igreja particular depende em boa parte da do seminário e, portanto, da qualidade dos responsáveis da formação.
Queridos seminaristas, precisamente por isso rezamos hoje com viva gratidão por todos vossos superiores, professores e educadores, que sentimos espiritualmente presentes neste encontro. Peçamos a Deus que desempenhe o melhor possível a tarefa tão importante que se lhes confiou. O seminário é um tempo de caminho, de busca, mas sobretudo de descobrimento de Cristo. Com efeito, só se tem uma experiência pessoal de Cristo, o jovem pode compreender em verdade sua vontade portanto a própria vocação. Quanto mais conheces a Jesus, mais te atrai seu ministério; quanto mais o encontras, mais forte é o desejo de buscá-lo. É um movimento do espírito que dura toda a vida, e que no seminário passa como uma estação cheia de promessas, sua «primavera».
Ao chegar a Belém, os Magos «entraram na casa, vieram à criança com Maria, sua mãe, e caindo de joelhos o adoraram» (Mt 2,11). Eis aqui, por fim, o momento tão esperado: o encontro com Jesus. «Entraram na casa»: esta casa representa em certo modo a Igreja. Para encontrar o Salvador há que entrar na casa, que é a Igreja. Durante o tempo do seminário se produz um amadurecimento particularmente significativo na consciência do jovem seminarista: já não vê à Igreja «desde fora», mas a sente, por assim dizer, «em seu interior», como «sua casa», porque é casa de Cristo, onde «habita» Maria, sua mãe. E é justamente a Mãe quem lhe mostra a Jesus, seu Filho, quem o apresenta; em certo modo o faz ver, tocar, tomá-lo em seus braços. Maria lhe ensina a contemplá-lo com os olhos do coração e a viver dEle. Em todos os momentos da vida no seminário se pode experimentar esta afetuosa presença da Virgem, que introduz a cada um ao encontro com Cristo no silêncio da meditação, na oração e na fraternidade. Maria ajuda a encontrar ao Senhor sobretudo na Celebração eucarística, quando na Palavra e no Pão consagrado se faz nosso alimento espiritual cotidiano.
«E caindo de joelhos o adoraram...; ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra» (Mt 2, 11-12). Com isto, culmina todo o itinerário: o encontro se converte em adoração, dando lugar a um ato de fé e amor que reconhece em Jesus, nascido de Maria, o Filho de Deus feito homem. Como não ver prefigurado no gesto dos Magos a fé de Simão Pedro e dos Apóstolos, a fé de Paulo e de todos os santos, em particular dos santos seminaristas e sacerdotes que marcaram os dois mil anos de história da Igreja? O segredo da santidade é a amizade com Cristo e a adesão fiel a sua vontade. «Cristo é tudo para nós», dizia Santo Ambrósio; e São Bento exortava a não antepor nada ao amor de Cristo. Que Cristo seja tudo para vós. Especialmente vós, queridos seminaristas, oferecei a Ele o mais precioso que tens, como sugeria o venerado João Paulo II em sua Mensagem para esta Jornada Mundial: o ouro de vossa liberdade, o incenso de vossa oração fervorosa, a mirra de vosso afeto mais profundo (cf. n. 4).
O seminário é um tempo de preparação para a missão. Os Magos «foram para sua terra», e certamente deram testemunho do encontro com o Rei dos Judeus. Também vós, depois do longo e necessário itinerário formativo do seminário, sereis enviados para ser os ministros de Cristo; cada um de vós voltará entre o povo como alter Christus. Na viagem de volta, os Magos tiveram que enfrentar seguramente perigos, sacrifícios, desorientação, dúvidas... já não tinham a estrela para guiá-los! Agora a luz estava dentro deles. Agora tinham que guardá-la e alimentá-la com a memória constante de Cristo, de seu Rosto santo, de seu Amor inefável. Queridos seminaristas! Se Deus quiser, também vós um dia, consagrados pelo Espírito Santo, iniciareis vossa missão. Recordai sempre as palavras de Jesus: «Permanecei em meu amor» (Jo 15, 9). Se permaneceis em Cristo, dareis muito fruto. Não fostes vós que O escolhestes, mas Ele vos elegeu (Jo 15, 16). Eis aí o segredo de vossa vocação e de vossa missão! Está guardado no coração imaculado de Maria, que vela com amor materno sobre cada um de vós. Recorrei frequentemente a Ela com confiança. Eu vos asseguro meu afeto e minha oração cotidiana, e vos abençôo de coração.

quinta-feira, setembro 8

2000 jovens declaram-se dispostos a consagrar-se após a JM J2005

Aproximadamente dois mil jovens, rapazes e moças, manifestaram a sua disponibilidade em seguir a Deus na vida consagrada após a Jornada Mundial da Juventude celebrada em Colônia.
Os jovens responderam ao "chamado vocacional" em um Encontro Mundial de Jovens organizados pelo Caminho Neocatecumenal, no qual participou seu fundador, Kiko Arguello, no Parque Rheineaue de Bonn.
Noventa mil jovens, segundo a organização participaram no acto, no qual também estiveram presentes 50 bispos de numerosas nacionalidades. O encontro começou com o agradecimento do arcebispo de Colônia, o cardeal Joachim Meisner que, acompanhado de seus três bispos auxiliares, expressou que "a Igreja é jovem e isso o vimos em Colônia".
O arcebispo da diocese onde ocorreu a XX Jornada Mundial da Juventude cedeu o palco a seu sucessor nestas jornadas, o arcebispo de Sydney, o cardeal George Pell, que agradeceu aos jovens do Caminho Neocatecumenal, "o que fazem pela vida da Igreja, com missionários e seminaristas que levam a mensagem de Cristo por todo o mundo".

O Luis Monteiro dá o seu testemunho

Bem sei que a minha opinião sobre a XX JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE é apenas mais uma entre muitas. Mas gostaria apenas de testemunhar quão gratificante foi a minha experiência de comunhão com cerca de 800 000 jovens peregrinos, diferentes na sua nacionalidade e cultura, mas unidos de forma alegre numa só fé.
Só por uma questão de pomenor, o meu grupo (da Pastoral da UBI http://www.pastubi.blogspot.com/ integrado na diocese da Guarda) também passou por Taizé, o que nos leva hoje a pensar em voltar lá para o ano, por uma semana.
É também verdade que a Jornada não foi só festa e contactos com outras pessoas; existiu também tempo e silêncio para receber Cristo no interior de cada um.
Para quem esteja a pensar em ir pela primeira vez a um encontro como este, o meu conselho é este: não penses, decide-te e vai! De uma forma ou de outra, Deus dar-nos-á os meios para em 2008 estarmos em Sydney!
Sem pôr em causa o que foi acima dito, há que esclarecer, para ser fiel à verdade, que em Colónia, principalmente no Marienfiel, não existiu uma pequena falta de organização (como os media noticiaram), porque a desorganização foi total. Ninguém verificou o bilhete dos peregrinos, nada foi revistado, qualquer um pôde entrar e ocupar o local que quisesse. De facto, naqueles dias, um milhão de pessoas, incluindo Bento XVI, puderam apenas contar com a Providência para a sua segurança. Mas, de certeza que os australianos farão melhor.
Luís Monteiro (aluno da UBI e autor do blog http://www.rascunhosvirtuais.blogspot.com/)