sexta-feira, maio 9

Deus manifesta toda a sua bondade e todo o seu amor na mãe e no pai que nos dá.

“Acreditas nisto?” Acreditas que “Eu sou a ressurreição e a vida”?
Esta é a pergunta que Jesus dirige a Marta, que acaba de perder o seu irmão Lázaro.
Antes, Marta tinha censurado Jesus por não ter chegado antes e evitado a morte do irmão: “Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido”. Apesar disso, e embora sentido profundamente a morte do irmão, Marta faz a sua profissão de fé em Jesus: “eu creio que Tu és o Messias, o filho de Deus que havia de vir ao mundo”.

A morte levanta muitas interrogações a que a simples lógica humana não consegue responder. Desde uma perspectiva meramente humana (terrena), ninguém devia morrer, muito menos aqueles que mais amamos. No entanto, à luz da fé em Deus é possível entender o mistério da vida e da morte. A Palavra de Deus revela-nos o sentido último da vida e em Jesus encontramos o sentido último da morte.
Jesus morreu, precisamente para que a morte não signifique o termo da vida do homem, não seja um voltar ao nada. Pelo contrário, seja a passagem para a outra margem da vida, onde o homem pode ver a Deus face a face e gozar da plenitude da sua vida e do seu amor. Cristo morreu a fim de garantir ao homem a vida para além da morte, uma vida que se prolonga na eternidade de Deus.

Com S. Paulo, “nós acreditamos que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos há-de ressuscitar com Jesus e nos levará para junto dele”. E também sabemos, embora nem sempre o tenhamos presente e o levemos a sério, que se “esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita recebemos nos céus uma habitação eterna”. São estas certezas, que, embora não evitando a tristeza, suavizam a nossa dor e nos impelem a continuar a viver com esperança.
  • A fé em Cristo ajuda o homem a descobrir e a aceitar a morte como uma etapa necessária para chegar à pátria que está nos céus, “à habitação eterna construída por Deus e não pelos homens”. Porque acreditamos na pátria que está no céu, diante do pensamento da morte daqueles que partem antes de nós, não perdemos a esperança nem deixamos de sonhar com a pátria do futuro.
  • Graças à fé, quando experimentamos a realidade da morte na morte daqueles que nos são queridos, em especial dos nossos familiares e mesmo da nossa mãe, não perdemos a vontade de viver nem o sentido da vida. Mesmo nessas circunstâncias, não cedemos à tentação de olhar para trás ou de nos prendermos ao passado e às suas recordações. Pelo contrário, continuamos a olhar para o alto, a caminhar em frente, a sonhar o futuro.

Em relação àqueles que partem antes de nós, sentimos necessidade de lhes continuar a exprimir o nosso afecto e a nossa amizade, através da oração, do diálogo interior…, pois eles estão vivos em nós e nós continuamos em comunhão com eles. E aqueles que partem o que mais desejam aos que ficam é que continuem a viver com esperança e com alegria. Eles estão à nossa espera enquanto nós, à luz da fé, sabemos que caminhamos ao seu encontro!

“Acreditas nisto?”
Hoje, sinto que é a mim que Jesus interpela com esta pergunta. Nesta hora da morte da minha mãe, Jesus quer saber se eu acredito, bem no fundo do meu coração, que Ele é “a Ressurreição e a Vida” dos homens, “a Ressurreição e a Vida” da minha mãe.
Consciente de que a própria fé é um dom de Deus, eu professo, neste momento: Acredito, Senhor, que Tu és a vida eterna da minha mãe e que ela vive em Deus para sempre!
  • A mãe, a nossa mãe, é o bem mais sagrado e precioso que recebemos de Deus.
  • Deus manifesta toda a sua bondade e todo o seu amor para connosco na mãe (e no pai) que nos dá.

  • E, depois de nos dar tantos bens por meio dela, é o próprio Deus, e não nós, que a recompensa generosamente.
E, assim, nós podemos ficar tranquilos e em paz porque temos a certeza que ela se encontra bem, no lugar que ela merece: no coração de Deus.

Queria deixar aqui o meu muito OBRIGADO a todos os jovens que neste momento de dor e sofrimento, mas também de esperança na vida eterna se se associaram a mim e à minha família com as suas orações, com a sua presença e com as suas palavras amigas.
Sinto a vossa amizade bem presente.
OBRIGADO.

domingo, abril 27

Beato Manuel Fernandes - um jovem de Celorico da Beira que abraçou o caminho da santidade

Vamos celebrar, mais uma vez, a Jornada Eucarística Arciprestal. É já o IX Encontro Arciprestal.
Estes encontros, que retomámos no ano do Jubileu (2000), têm o mérito de nos ajudarem a compreender melhor e a viver mais intensamente o mistério da Eucaristia, tornado-se para nós mais claro e mais convincente que ela é realmente o centro e a fonte de toda a vida cristã.
Depois, ajudam-nos a olhar para além das paredes das nossas igrejas e das fronteiras das nossas paróquias, levando-nos a tomar consciência de que fazemos parte de uma família mais alargada – a Igreja de Cristo.
Estes encontros têm motivado uma bem significativa generosidade de todos em relação aos seminários diocesanos. E, ao mesmo tempo, têm despertado um interesse e um compromisso maiores em relação às vocações sacerdotais.
Todas estas razões levam-nos a preparar e a celebrar, com empenho e esperança, com entusiasmo e alegria, a Jornada Eucarística deste ano.

Estamos Ano o tema central é o Beato Manuel Fernandes. É um santo a descobrir para pudermos imitar. O seu fervor, entusiasmo e vontade de levar a Palavra de Deus até às terras do Brasil devem motivar-nos a aprofundar o nosso conhecimento da Palavra de Deus para a transmitirmos no seio da nossa familia e da sociedade onde estamos inseridos.
Beato Manuel Fernandes
Rogai por nós.

segunda-feira, abril 14

sábado, março 8

As brasas solitárias...

Em 2001 foi feito, em Portugal, o levantamento da participação semanal na Missa.


Pouco mais de 20 % estava presente nos locais de culto nesse dia do recenseamento. Mas um inquérito por amostragem, na mesma data, revelava que 66 % dos portugueses se consideravam praticantes.
É certo que há muita gente impedida de participar e as crianças menores de 7 anos foram excluídas na contagem. Há velhinhos, doentes e seus acompanhantes, pessoas que trabalham no Sábado e Domingo, etc., que não podem estar presentes. Mas a diferença entre 20 e 66 por cento é muito grande.

Recordo a propósito uma conhecida história.
Um rapaz, a determinada altura, deixou de frequentar a sua igreja. A preguiça e um certo cansaço das cerimónias repetidas serviram-lhe de argumento justificativo.
Um dia precisou de ir a casa do pastor da sua congregação. Era inverno e o clérigo estava numa sala com a lareira acesa. Quando o rapaz chegou, o pastor decidiu separar as achas ou cavacas que estavam a fazer uma boa fogueira. Daí a pouco, o lume apagou-se.

- Estás a ver, rapaz! As cavacas são como as pessoas. Se não se juntam, deixam de dar calor. Apagam-se! É como a religião! Sem participação no culto, extingue-se. Assim como a fé e o amor.
O rapaz manteve-se calado. Mas na despedida, saiu-se com esta:
– Domingo, lá estarei no culto. Não quero ser uma brasa solitária, sem fé nem religião!

domingo, fevereiro 24

TESTA A TUA VIVÊNCIA QUARESMAL

A atitude ante a oração ou os actos de piedade, a convivência com os outros ou simplesmente a capacidade para estar em silêncio podem dar pistas sobre a temperatura da vida espiritual de cada um. Ainda que a fé não se possa medir, estas perguntas podem ajudá-lo a saber como está a sua vida espiritual:

1. Custa muito a manter-se em silêncio e, quando está sozinho, costuma ligar todos os electrodomésticos que há em sua casa?

2. Costuma dedicar tempo a orar nalgum momento do dia?

3. Aos domingos, participa na Santa Missa?

4. Os actos de piedade aborrecem-no e foge de todo o religioso porque o enfada?

5. Sofre de ansiedade continuamente e o mau génio apodera-se de si com facilidade?

6. Vive bem, mas sente que a sua vida está vazia e que algo lhe faz falta?

7. Desfruta com plenitude do tempo e consegue arranjar tempo para tudo?

8. É tolerante e encontra o lado positivo nas situações difíceis?

9. Vive criticando os outros e costuma impor os seus pontos de vista?

10. Sente que Deus não o escuta, não o quer ou Se esqueceu de si?

11. É capaz de reconhecer os seus erros e de pedir perdão?

12. Agradece a Deus e aos outros pelos favores recebidos?

Respostas:

—1 Sim. 2 Não. 3 Não. 4 Sim. 5 Sim. 6. Sim. 7. Não. 8 Não. 9 Sim. 10 Sim. 11 Não. 12 Não.
Você tem totalmente descuidada a sua vida espiritual; isto pode provocar um grande desequilíbrio. É hora de voltar para Deus.

—1 Não. 2 Sim. 3 Sim. 4 Não. 5 Não. 6 Não. 7 Sim. 8 Sim. 9 Não. 10 Não. 11 Sim. 12 Sim.
Aparentemente, você esforça-se por cultivar a sua vida espiritual, mas tenha cuidado, pois ninguém é tão perfeito.

— Se as suas respostas não são Sim ou Não, mas Às vezes seguramente deve ser mais ordenado e paciente, mas está no bom caminho. Ânimo!

— As outras múltiplas opções de resposta indicam que você está em processo de conversão. Aproveite a Quaresma para acolher o Espírito.